* Chico Carlos
Quando repudiamos a instalação do Cirque du Soleil, no Parque Memorial Arcoverde, divisa entre Olinda e Recife, alguns desavisados não gostaram e partiram para insultos gratuitos. Não ligamos e insistimos nas críticas por entender que o exercício da cidadania deve ser pleno, sem medo de ser feliz. Mantivemos nossa postura, coerência e dignidade. O circo e a exploração fizeram Du Soleil um espetáculo único contra aqueles que têm fome e sede de justiça. Em verdade, o espetáculo “Quidam” foi de uma magia incomum, mas acintoso e contundente para a realidade de nossa gente.
Como dissemos, não deixou saudades e sim prejuízos, que começam logo na entrada principal do parque. Parte do piso da via que passa pelo memorial foi destruída, por conta do acesso das máquinas e caminhões durante a montagem do circo.
Os buracos estão em vários locais, dificultando a circulação de veículos. Na área do estacionamento do Memorial, onde foi armada a lona principal do circo, o que restou foi um imenso pátio asfaltado e às escuras. Nove árvores foram derrubadas para a instalação do Cirque du Soleil. Nenhum trabalho de replantio foi feito até agora. Gostaríamos muito que todo o lucro arrecadado fosse revertido em multa, porém o crime contra a natureza é inafiançável, ou seja, vale uma pizza para os poderosos.
O mais estarrecedor é que o projeto original do parque, idealizado pelo brilhante paisagista Burle Marx, foi violado justamente no ano do centenário dele, como foi ressaltado no JC do dia 10.09.09. Que absurdo! Passou dos limites.
A luta continua...
* Chico Carlos é jornalista
mara é so oque tenho a dizer
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